Monitorando sua reputação

Você já é celebridade e nem sabia! Já pensou que agora mesmo pode ter gente pela internet afora escrevendo sobre você e seu trabalho? Raciocine comigo: não existe escritor sem público e espera-se que, assim que você comece a divulgar seu trabalho, falem de você. Que falem muito de você. O Google Alerts é a ferramenta perfeita para ajudar no acompanhamento do que estão dizendo a seu respeito na Rede. Afinal acompanhar é imprescindível! Continue reading “Monitorando sua reputação”

Escreva textos cativantes para seu blog de divulgação.

Como escritor, nos dias de hoje, você terá que ser também blogueiro. Nem que seja somente para divulgar seu próprio material. O problema é que, com tanto conteúdo inédito e de qualidade rolando por aí, se os textos que você produzir não forem densos e consistentes, você não terá leitores. Meia dúzia de amigos, sua mãe e, talvez, seu “cacho” do momento. Mas você não terá Leitores, assim, com “L” maiúsculo. A competição está mais acirrada a cada dia. Sua resposta ao desafio? Mais empenho. Continue reading “Escreva textos cativantes para seu blog de divulgação.”

GN, HQ… o que?

Roteiros elaborados aproximam quadrinhos do cinema.

Álvaro de Moya indica em seu livro “História da História em Quadrinhos” (87) que Rudolph Töpffer publicou em 1827 uma das primeiras obras em um novo estilo que foi chamado de  “literatura em estampas”. Contava detalhes da vida de um tal M. Vieux-Bois e era tão densa que até mesmo Goethe lia aos poucos para “não ter uma indigestão de idéias”. Continue reading “GN, HQ… o que?”

Caçadores Caçados

É mais fácil criar um estilo ou contar uma história? Ao que tudo indica, pelo menos no Brasil, o mercado literário valoriza mais o virtuosismo estilístico do que a pobre missão de se contar uma história. Viva os malabaristas de teses! Morte aos contadores de histórias!

Autores julgam mais seguro produzir textos diferentes, em estrutura e apresentação, dando-se a desculpa de que não desejam percorrer caminhos já abertos. O fato é que criar um estilo é fácil. O difícil é não se cansar de ler tantas experiências: livros que são constituídos de um único parágrafo; frases imensas sem vírgulas ou pontos; diálogos incompreensíveis mesclados com descrições e efeitos sonoros; tudo aparentemente criativo, mas relegando ao porão os elementos que compõe uma boa história. Onde fica o enredo? As personagens? O herói? Aquela impecável escolha do foco narrativo? Ninguém mais pensa nos conflitos? Droga, ninguém mais pensa no leitor? Continue reading “Caçadores Caçados”

Relançamentos: um esporte nacional

Por que ler os clássicos? Italo Calvino deu a melhor de todas as respostas à esta pergunta: Por que é melhor do que não lê-los. Concordo com ele. Ótimo, vamos ler Tolstói, Balzac, Stendhal, Voltaire, Conrad… Mas…

Eu não sei o que acontece na rarefeita atmosfera das academias e editoras. Eles ainda não perceberam que nem só de clássicos vivemos os pobres mortais. E onde fica a literatura de entretenimento? Não me refiro às coisas (nem livros são) descartáveis, pobres de conteúdo, concebidas unicamente visando lucro e que entopetam as prateleiras das livrarias, mas à boa literatura de entretenimento. Aquela que faz o leitor pensar três vezes antes de ligar a televisão, pois “precisa” saber o que vai acontecer com aquela personagem. Continue reading “Relançamentos: um esporte nacional”

A Indústria do Concurso Literário

Ian Jack, editor de Granta, uma das mais respeitadas revistas literárias do mundo, deixou claro no editorial do número 54 que “qualquer país com uma indústria editorial séria, promove concursos literários”.

No Brasil, temos o Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, aberto a autores nacionais de obras já publicadas, e o Concurso Guimarães Rosa patrocinado pela Radio France Internationale para contos inéditos. Neste último podem inscrever-se autores do mundo todo desde que o texto seja escrito em português. Além destes dois concursos, já consagrados, temos iniciativas isoladas de algumas prefeituras e academias de letras que promovem este tipo de evento, mas sem nunca conseguirem projeção e reconhecimento nacional. Continue reading “A Indústria do Concurso Literário”