Parece óbvio, mas o texto deve ser legível. Isto é: não imprima o texto em fonte Gótica tamanho 8, com margens de meio centímetro em uma página do tamanho de um cartão postal. Ninguém vai ler. Exercite a sensatez. Uma fonte no estilo Arial ou Times, tamanho 12, em um papel A4, com margens 3 cm na esquerda, 2 na direita, 2 em cima e em baixo. Tudo encadernado em espiral para facilitar a vida do leitor. Numere as páginas.
Não pense em ir pessoalmente. Mande pelo correio com uma pequena (PEQUENA!) carta de apresentação contendo seu nome completo, telefone, e-mail, endereço e talvez um currículo “supre-ultra-resumido”, exclusivamente com seu maior graus acadêmicos (especializações, mestrado, doutorado) e prêmios em concursos literários de maior expressão.
Eu li a maioria dos artigos e os achei muito interessantes.
A única coisa que fiquei intrigada é com relação a ir pessoalmente na editora. Por que não?
Ao contrário, não aparenta demonstrar mais interesse do escritor?
Você certamente estará mostrando interesse, no entanto não será nada diferente de milhares de outros escritores. Não te receberão. Imagine se todo escritor que deseja ser publicado bater na porta das editoras e pedir uma audiência? Vira o caos! A única maneira de fazer isso é se você tem QI (quem indica), se conhece alguém dentro da editora numa posição que possa fazer alguma diferença. Por isso, mais e mais no Brasil, escritores estão se munindo de agentes literários. Agentes são responsáveis por fazer uma pré-seleção dos manuscritos e serão brutalmente honestos com você sobre a qualidade do seu trabalho.
Se eu fosse editora e pegasse um texto em arial, nem leria.
cansa muito a visão ler algo grande sem serifas, então minha dica é: sempre sempre sempre sempre imprima textos grandes com serifas.
Tem toda razão Marina! Arial não é a fonte mais fácil de ler, mas infelizmente é uma das mais comuns. Preferível à Gótica! 😉 O importante é usar o bom senso e fazer com que o texto seja legível e relativamente padronizado para que não interfira na avaliação, afinal o texto precisa de destaque e não o esforço de leitura do avaliador. Um bom padrão é aproximadamente 70 caracteres por linha e 32 linhas por página. As margens, fontes, etc… sugeridas aqui são apenas um guia. Boa sorte!
Oi Pessoal!
Adorei o Site, me ajudou muito e fazer livros é uma atividade que eu amei.Adorei todos os artigos.Beijos e abraços.Boa Sorte!:)
Olá pessoal!
Adorei o site, realmente é muito instrutivo
vou começar a escrever o meu primeiro livro
será um romance,mas abordará vários temas, sei
que não será fácil, apesar de ja tê-lo todo em
mente, mas sei também que novas idéias surgirão
e que sempre poderei contar com especialístas como
vcs. Um forte abraço!
Sobre o texto acima de Marina:
Imagino que as pessoas que leram o texto não entenderam o seu pensamento porque ela não justificou o que escreveu. Além disso em sua comunicação ela escreveu as palavras “serifas”. Qual a tradução da palavra “serifas”? Procurei em vários dicionários e não encontrei. Procurei também em um dicionário de Latim e em minha busca encontrei a palavra “seriphos” ou “seriphus”, que não tem nada relacionado com a escrita referida.
Osni, serifas, na tipografia, são pequenas protuberâncias nas terminações das hastes das letras. Exemplos de fontes com serifas são a Times New Roman ou Georgia, e sem serifas é a fonte Arial, Verdana ou Helvética. Sei que a Wikipédia não é a referência mais confiável, mas a definição de serifas encontrada lá está muito bem elaborada com imagens de exemplo.
Espero ter esclarecido o comentário muito pertinente da Marina. Obrigada pela sua participação!
Quero parabenizar os organizadores deste site.
Estava procurando dicas para começar a escrever minhas idéias.
Estou feliz. Achei!
Sou formado em pedagogia, mas os meus assuntos são levado mais para o lado do estudo social, isso tem haver?
Tem algum problema em escrever um livro com assuntos não totalmente da formação acadêmica? São idéias de assuntos cotidianos sociais. Muito Obrigado.
Oi Dioclério! Aqui no site, pelo nosso próprio interesse pessoal, tratamos mais de assuntos voltados a criatividade e a ficção, mas nada impede de usar as técnicas para escrever não-ficção de forma mais interessante e lúdica. Por que o aprendizado não pode ser divertido e interessante? Por que “falar difícil” se é possível transmitir uma idéia com imagens vívidas e palavras simples? Esse é o segredo da verdadeira comunicação!
Olá pessoal, amei o site, muito esclarecedor e dinâmico.
Gostaria de postar minha dúvida aqui também. Sei que hoje com as facilidades de escrever em um Word ou qualquer outro programa que seja, gostaria de saber sobre revisão ortográfica e concordância verbal. É necessário enviar para uma revisão ortográfica ou a editora se encarrega disso?
Fernanda: Obrigado pelos seus comentários. Quanto à sua dúvida leve em consideração o seguinte:
– Qualidade do seu material – SEMPRE, assim mesmo – maiúsculas e negrito – apresente para seu agente ou editor o melhor material possível. Se só boas idéias fossem suficientes para ganhar a atenção e o contrato de uma editora, qualquer um seria escritor. Forma, apresentação, clareza, tudo conta. Apresente o melhor material possível. Uma cópia meramente “utilizável” só para “dar uma idéia” do que você é capaz, não serve. Corrija, releia, peça para os parentes darem uma olhada e, se precisar, passe três meses sem jantar fora ou ir ao cinema para guardar uma graninha e pagar um revisor profissional. Sempre apresente o melhor material possível. A propósito: já falei que, sempre que der, apresente o melhor material possível? Então tá bom. Para terminar, um conselho: sempre apresente o melhor material possível.
– Critério de desempate – Como você deve saber, dependendo do ano, as editoras têm um projeto editorial fixo. O quer dizer que decidem, por exemplo, que em determinado ano só vão publicar 100 livros. Se no final das contas eles tiverem que decidir entre dois livros igualmente interessantes e igualmente vendáveis, mas se, no entanto, um deles foi submetido à apreciação cheio de erros, acho que você pode deduzir qual texto seria escolhido. No momento da decisão vai prevalecer o fato de que um revisor iria passar dias corrigindo a obra. E isto custa dinheiro.
– Sem contar que, se o texto apresentar muitos problemas, dependendo da editora, eles simplesmente param a leitura de avaliação. Algo que, claro, profissionalmente depõe contra o autor. Outras (fuja destas) acabam publicando seu livro de qualquer jeito. Ao longo dos anos fui colecionando e hoje tenho inúmeros livros, de diversos autores e de diversas editoras, que foram publicados com pouca revisão ou, em certos casos, sem revisão alguma. É um desrespeito com o leitor.
– Profissionalismo – acho que seria um pouco forte o termo “suicídio profissional”, mas lembre que a primeira impressão é sempre muito forte e difícil de ser alterada. Pessoalmente não gostaria de ser “percebido” como um “escritor de boas idéias, mas cujo texto não é entregue pronto”. E por “pronto” aqui me refiro a um texto corrigido quanto à gramática, concordância, coerência, coesão… e outras flores deste jardim.
Estive lendo as dificuldades e perguntas de várias pessoas. Claro que publicar um livro não é nada fácil, mormente sendo a primeira vez. As dificuldades do autor são muitas. Se têm ideias, porém não se têm incentivo para publicar. Isso, às vezes, nos causa uma sensação de descrédito e de abandono pelas Editoras. Sei que publicar um livro tem um custo caro, mas seria importante que as Editoras dessem o incentivo para aqueles autores criativos, sem se importar com sua formação ou com seu currículo. Machado de Assis nunca frequentou faculdade, no entanto é o Patrono dos Escritores. Não foi sua formação que o levou a escrever e sim a sua verve literária, um dom gratuito à quem tem vocação. Não precisa ter títulos nobílicos para ser um escritor. Sei que tem muitos copiladores de dados que se intitulam escritor. Para mim o escritor é aquele que senta no computador e produz um texto sem se valer de citações ou de que outros escritores escreveram. Autoajuda é o tipo de livro copilação de dados. Pouco muda; apenas o nome do autor. Os assuntos e banalizações são as mesmas. O autor cria e não copia.
Olá, Nancy e Fábio, agradeço muito por nos ajudarem em nossa saga rumo a uma boa escrita e talvez futura publicação. Seu material tem sido de grande ajuda para mim, não apenas na técnica, mas no insentivo a continuar escrevendo.
Finalizei recentemente a minha primeira obra. Foi revisada por alguns amigos e parentes próximos, mas não creio que esteja pronta para ser enviada a uma editora. Portanto, tenho algumas perguntas que listo a seguir:
1º Sei que preeciso (caso queira uma revisão profissional) contratar um revisor. Mas a dúvida é: onde estes profissionais se escondem?
2º Opto por enviar cópia de minha obra à editora sem a ajuda de um agente literário. Sendo assim, a impressão será com letras no tamanho 12, na fonte Times new Roman. Gostaria de saber se na impressão e encadernação preciso fazer frente e verso ou apenas uma página por folha?
3º Qual a melhor forma de dividir os capítulos na impressão? Começá-los em uma nova página ou seguir apenas pulando algumas linhas?
Muito obrigado.
Muito obrigada, Dimi! Ficamos muito felizes que o site esteja ajudando.
Respondendo suas perguntas:
1º O melhor lugar para achar revisores profissionais é através dos cursos de Letras ou Jornalismo nas universidades. Profissionais destas áreas sempre fazem este tipo de trabalho e através dos professores destes cursos você obterá indicações confiáveis. Pedimos para o Tomás Barreiros escrever um artigo sobre o assunto. No final disponibilizamos informações de contato.
2º Não imprima frente e verso. Eu sei que num mundo de conservação da natureza isso parece disperdício, mas imprimir de um lado só facilita a leitura do avaliador. Com relação a encadernação do material, a princípio, não vejo problema, no entanto antes de enviar qualquer coisa, verifique no site da editora em questão se eles têm alguma orientação para envio de manuscritos. Só pra confirmar… Leia a orientação da editora Rocco por exemplo: não querem nada impresso. A Cia das Letras só aceita novos autores em março… Siga sempre as instruções específicas à risca!
3º Não acredito que exista uma formatação ideal, pois esta será modificada quando o livro for aprovado. (Percebeu que usei “quando” e não “se”? 🙂 ). Importante é destacar a diferenciação de capítulos ou quebras no fluxo do texto. Tenha sempre em mente qual a melhor forma de mostrar sua intenção sem elaborar demais ou encher de fogos de artifício. Esforço demais também pode ser prejudicial.
Boa sorte e conte-nos como as coisas vão!
Eu queria escrever um livro infanto-juvenil. Todas as editoras publicam livros infanto-juvenis?